"86% do que os animais consumiram não era comestível para humanosl"
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Nos últimos anos, tem crescido argumentação crítica à atividade pecuária, em que se afirma que os alimentos dados aos animais poderiam ser utilizados na alimentação humana. No entanto, quando se fala de alimentação alimental é importante destacar o seu papel no aproveitamento de recursos.
Em 2010, o sector pecuário consumiu 6 mil milhões de toneladas de alimento. As duas fontes principais foram erva e folhas (46%) e resíduos de culturas agrícolas, como diferentes tipos de palha e restolhos, cerca de 19%, do total. No que toca a produtos comestíveis para humanos, esta fatia representa cerca de 14% do que é consumido por animais, sendo 13% de cereais, ou seja, 86% do que os animais consumiram não era comestível para humanos, podendo assim considerar-se os animais uma excelente forma de converter produtos não comestíveis, em proteína de alta qualidade e rica em nutrientes essenciais à vida humana.
Olhando apenas para os ruminantes, que apresentam uma capacidade maior de aproveitamento de fibras mais pobres como folhas, erva, silagem e restolhos, estes representam cerca de 90% da alimentação dos animais, dependendo do sistema produtivo. E também, quando retirados do conjunto de todas as espécies pecuárias, os ruminantes consomem menos alimentos que poderiam ser destinados diretamente aos humanos, como cereais.
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